A quarta edição da Feira de Aprendizagem Profissional da Bahia foi aberta na manhã desta terça-feira (9), reunindo empresas, entidades formadoras e jovens de 14 a 24 anos interessados em ingressar no mercado de trabalho. O evento, promovido pelo Fórum Baiano de Aprendizagem, busca aproximar quem tem a obrigação legal de contratar aprendizes das instituições que oferecem os cursos de formação.
Segundo a auditora-fiscal do Trabalho Taís Arruti, cerca de 100 empresas foram notificadas a participar da iniciativa. Juntas, elas devem aproximadamente 6 mil vagas de aprendizes que poderiam estar sendo ocupadas por adolescentes e jovens baianos.
“A ideia não é apenas autuar ou multar, mas promover o diálogo para que essas empresas de fato cumpram a cota legal de contratação, dando oportunidade a quem precisa. Muitas dessas empresas trabalham com licitações públicas e têm o dever de garantir esse direito”, destacou Arruti.
A auditora-fiscal lembrou que a Bahia registra hoje mais de 30 mil aprendizes contratados, número recorde, resultado da atuação da Inspeção do Trabalho em parceria com entidades formadoras que oferecem cursos de qualidade e qualificação profissional. “Quando você traz trabalho digno para jovens em situação de vulnerabilidade, todos nós ganhamos como sociedade”, completou.
O evento também conta com a participação de jovens que buscam seu primeiro emprego e de empresas parceiras que já cumprem ou até superam a cota de contratação. Algumas delas foram homenageadas pela contribuição na inclusão produtiva de adolescentes e jovens.
Na abertura da feira, representantes de diversos órgãos públicos reforçaram o compromisso conjunto com a aprendizagem profissional, entre eles a Procuradoria Jurídica do Município de Salvador, o Tribunal Regional do Trabalho, a Auditoria-Fiscal do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Estadual e outros órgãos fiscalizadores.
O Sinait, que representa os auditores-fiscais do Trabalho em todo o país, também reforçou seu engajamento no tema. “A aprendizagem profissional é uma das ferramentas mais eficazes de combate à vulnerabilidade social e de promoção da cidadania. Cada vaga de aprendiz aberta significa um jovem a menos exposto ao trabalho infantil e um futuro a mais de oportunidades. O Sinait seguirá atuando com firmeza para que a lei seja cumprida e para que milhares de adolescentes e jovens tenham acesso a um trabalho digno e protegido”, afirmou Diego Leal, presidente do Sinait DS/BA.

Na foto: Procuradoria Jurídica do Município de Salvador, TRT, Auditoria Fiscal do Trabalho, MPT e MPE

